Na casa de meu pai, há muitas moradas (João 14:2-4). O mundo está cheio de fanáticos e impostores incontáveis, mas cada semente plantada germinará. Aqueles que espalham o mal sentirão o fogo do espírito no dia em que a nova vida romper a superfície, e a colheita chegará: tal é a profecia do Deus do Tempo. O caminho ideal é aprender a perdoar aqueles envoltos em uma escuridão tão densa, que residem na casa do pai com corações ocos e incertos.

Palavras de amor emergem dos lábios, enquanto o espírito é marcado por um tridente ardente, às vezes mais cruel do que aquele denominado inimigo, que, ao contrário, não se oculta; e ainda que lhe atribuam diversas máscaras, a bondade não é o que se espera em abundância. Catástrofes, desventuras e calamidades devastam o globo, e raros são os que reconhecem que o universo leva séculos, ou mesmo milênios, para unificar todos em um único instante.

O Deus do Tempo, com suas profecias e atos sem erros, persistirá em prover a colheita; ele é equânime, e cada semente germinará. Nenhum vocábulo se dissipará no cosmo; insultos, vereditos, louvores, agradecimentos, todos percorrem com uma velocidade vertiginosa, alinhados à frequência da verdade, e o Deus do Tempo permanece vigilante para assegurar que cada mensagem alcance seu destino preciso.

O Deus do Tempo, em sua vasta governança, rege não apenas as palavras, mas também os eventos e ciclos da existência. Ele preside sobre as estações que se alternam, os dias que se sucedem e as noites que se desdobram. Sob seu domínio estão as marés que sobem e descem, as fases da lua, e o ritmo inexorável do envelhecimento. Ele é o maestro dos momentos efêmeros e das eras que se estendem por milênios, moldando a história e o destino com a paciência de quem conhece o infinito. O Deus do Tempo é o senhor das oportunidades que passam e das memórias que perduram, tecendo o tecido do universo com fios de instantes e eternidades.

As injúrias, como sementes lançadas ao vento, têm o poder de germinar e crescer. Elas são palavras afiadas, carregadas de veneno, que encontram solo fértil nos corações humanos. Quando proferidas, podem parecer insignificantes, mas o Deus do Tempo observa atentamente. Ele não apenas registra cada insulto, mas também determina o momento da colheita.

A hora da colheita é inexorável. Como um agricultor paciente, o Deus do Tempo espera até que a semente da injúria tenha se desenvolvido completamente. Então, no momento certo, ele colhe o fruto amargo. Aqueles que espalharam o mal sentirão o fogo do espírito, a consciência ardente que queima como um tridente flamejante. Não há escapatória.

Portanto, cuidado com as palavras que você semeia. Elas podem parecer inofensivas, mas sua influência é profunda. O universo, com sua vastidão e complexidade, não esquece. A colheita chegará, e cada um receberá o que plantou. Seja gentil, pois o Deus do Tempo é justo, e a justiça dele é infalível.

A mansidão, muitas vezes vista como fraqueza, É na verdade uma força que se esgueira com leveza. Parece tolice aos olhos do mundo apressado, Mas é uma semente especial, no coração bem plantado.

Ela cresce silenciosa, sem alarde ou pretensão, Floresce em ações de amor, compaixão e perdão. Não é a ausência de poder, mas o poder contido, A escolha de responder com gentileza, não ferido.

Em um mundo onde o barulho muitas vezes reina, A mansidão é um sussurro que a alma treina. É a calma no caos, a paz na tempestade, A serenidade que traz verdadeira liberdade.

Então, embora possa parecer tolice para alguns, A mansidão é um poder que aos poucos se acumula. É uma semente especial, que quando bem cultivada, Transforma o coração e a vida é abençoada.

Escolha sua semente com sabedoria, pois o que plantamos hoje, colheremos amanhã. Seja gentileza, amor, compreensão ou coragem, cada ação é uma semente lançada ao solo da vida. E quando chegar a hora da colheita, não haverá lágrimas, mas sim frutos doces e gratificantes.